terça-feira, 9 de junho de 2009

Jornalismo Colaborativo

O Jornalismo Colaborativo é um tipo de jornalismo que o conteúdo é produzido por cidadãos comuns sem formação jornalística, que colaboram com jornalistas profissionais. Se caracteriza pela liberdade de produção de notícias, já que não exige formação específica em jornalismo para os indivíduos que participam.
A notícia pode variar, fugindo dos padrões aceitos no jornalismo tradicional, como o lead e a pirâmide invertida. O relato em primeira pessoa, não aceito no jornalismo tradicional, é bem aceito e até indicado nas reportagens produzidas sob o modelo colaborativo de jornalismo. Mas, por outro lado, carece de precisão e controle de qualidade sobre o conteúdo publicado.
O Jornalismo Cidadão ganhou força nos últimos anos nos wikis, blogs e a popularização dos celulares equipados com câmeras digitais, além de outras novas tecnologias de informação e comunicação.
Para os adeptos desta prática, o Jornalismo Cidadão é uma chance de democratização, a partindo de que qualquer pessoa teria acesso à mídia, não apenas como leitor ou espectador, mas como colaborador também.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Evento de pré-estréia do filme “Divã” no Centro Universitário Sant’Anna

Aconteceu na última quinta-feira (02/04), uma palestra com o ator e roteirista Marcelo Barreto Saback na uni santanna, uma apresentação de pré-estréia do filme “Divã” para os alunos de Comunicação Social que assistiram o filme antes mesmo dele sair nos cinemas. O evento foi agendado para as 19h30min, e quem se atrasou teve que esperar até as 20hs. Entre os atrasados estava o coordenador de Comunicação Social, Roberto Mecca, que aguardou junto com alunos até o horário determinado. A pré-estréia foi organizada pelos alunos de Relações Públicas da universidade, para participar cada pessoa tinha que doar aos necessitados 1k de açúcar por exemplo, foram arrecadados em torno de 350 kilos de alimentos.
O Roteirista do longa, Saback adaptou a trama da peça teatral baseada no livro homônimo da escritora Martha Medeiros. Saback contou as diferenças de se escrever para a tevê e para o cinema. “Nas novelas você atinge um publico maior, então é preciso ter cuidado quando se aborda temas polêmicos como racismo e homossexualismo”. Diz Saback.
“Divã” conta a história de Mercedes (Lília Cabral), uma mulher de 40 anos que vive às voltas com as alegrias e desafios da sociedade contemporânea. Casada e mãe de dois filhos, Mercedes decide, mesmo sem saber bem o porquê, procurar um psicanalista. E, assim, o que antes era apenas uma curiosidade, se transforma em uma experiência devastadora, que provoca uma série de mudanças em sua vida cotidiana. No divã, Mercedes questiona o seu casamento com Gustavo (José Mayer), a realização profissional e seu poder de sedução. A melhor amiga Mônica, a companheira de todos os momentos, vê de perto a transformação de Mercedes e participa de suas novas experiências e descobertas, apesar de nem sempre concordar com suas escolhas. As revelações de Mercedes para o analista, assim como as conversas com a melhor amiga Mônica (Alexandra Richter), dão novo rumo à vida dessa mulher que a princípio parecia boa, estável, mas sem grandes emoções.
Jéssica Paganotto, estudante do terceiro semestre do curso de Relações Públicas, fez parte da equipe de organização do evento, orientada pelo professor Daniel Zimmermann que ministra à disciplina de eventos da grade curricular do curso, o evento aconteceu com a parceria entre a faculdade e a Brazucah produções. Para ela a experiência foi muito válida e gratificante, pois como ela que foi uma das responsáveis pelo planejamento do evento conseguiu vivenciar todas as etapas e com certeza aprendeu que nessa área é necessário dedicação em tempo integral, seja no planejamento ou na execução dele.
A aluna informou que o professor que compôs a mesa do evento foi o professor Luciano Fraga Responsável por ministrar as disciplinas de Roteiro, Cenografia, Direção de Programas e interpretação para teatro, rádio e TV nos cursos de comunicação social da Uni Sant´Anna. “Acho fundamental que o estudante no período que cursa a graduação possa "saborear" cada uma das atividades profissionais que vão lhe competir em seu futuro profissional. Assim quando sair da faculdade ele já estará direcionado e poderá procurar trabalhar com o que realmente gosta dentro da sua área de atuação”. Diz Jéssica. Assim sendo portas foram fechadas pontualmente às 22hs dando por encerrado o evento.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Jovens da periferia em busca de Inclusão Social

Em entrevista coletiva feita na Universidade Sant’Anna, integrante e professora da ONG Papel Jornal Roseli Lotturco, conta que a ONG existe ha 10 anos no bairro da periferia do Jardim Ângela. Jovens do bairro, interessados em aprender sobre as técnicas necessárias para que eles mesmos passassem a contar suas próprias histórias sobre enfrentar a exclusão social na periferia onde moram. A forma pretendida era a de fazer um jornal. Assim surgiu a ONG Papel Jornal uma associação de incentivo às comunicações, organização não governamental brasileira sem fins lucrativos e o Projeto Oficina Experimental de Jornalismo, a partir da união de esforços de profissionais de comunicação e educadores, um grupo de jornalistas profissionais desde 1999. Para participar a idade mínima são 15 anos, a ONG funciona de segunda à quarta – feira, das 14h às 18h, das horas por aula.
A realidade dos moradores do bairro é de muita carência. Escrever e colocar a literatura em primeiro lugar é um dos principais focos que a professora Roseli tem e ensina para os seus alunos. No início das aulas, foi proposta uma primeira edição, a professora perguntou para seus alunos da ONG sobre o que eles queriam escrever e eles escolheram Cultura e Arte, à partir daí cada um se apoiou na sua própria cultura ou arte para começar a fazer o primeiro trabalho. Grafite, poesia, teatro, pichação e reggae foram temas usados, cada assunto foi mapeado e pessoas do ramo foram entrevistadas para assim fazer boas pautas no padrão correto.
Após meses de aulas os alunos tiraram férias e voltaram no mês de abril de 2009, a principal reclamação de todos foi que mexeram nos textos que foram feitos, muitos não gostaram desta atitude, mais ela explicou que os jornalistas passam sempre por muitas edições e isso faz parte. "Cada aluno tem o seu estilo e futuramente irão produzir seus textos sozinhos" diz: Roseli Lotturco.
A missão é contribuir para o processo de democratização e complementar o processo educacional de jovens da periferia, levando aos moradores condições para que possam exercer seus direitos civis, sociais e políticos. A associação também pretende incluir esses jovens na sociedade sem que precisem sair da região onde moram.
O principal objetivo era capacitar jovens do Jardim Ângela a construir um jornal que buscasse compreender a periferia de São Paulo a partir do ponto de vista dos moradores dessa realidade. Vale ressaltar que o foco era criar um veículo capaz de mostrar a realidade da periferia com a visão dos próprios moradores periferia, ajudando no desenvolvimento da auto-estima do jovem pobre, seu raciocínio crítico e a capacidade de organização de idéias.
Sendo assim desenvolveram as oficinas de texto, reportagem, fotografia, design gráfico e cidadania, nas quais os alunos, orientados por profissionais especializados, adquirem formação teórica e prática para elaborar produtos de comunicação.
O Projeto iniciou-se com uma primeira turma de 20 jovens de diferentes níveis de formação escolar. Desde então, os 105 alunos que passaram pelas oficinas elaboraram autonomamente da pauta até o projeto gráfico, passando pela reportagem, redação e fotografia:· 8 edições do jornal “Becos e Vielas Z/S - A voz da periferia” (com tiragens médias de 5 mil exemplares cada uma);
Todo esse trabalho não teria sido possível sem a parceria de entidades, órgãos públicos e empresas socialmente responsáveis, que auxiliaram teoricamente o desenvolvimento do projeto. São elas: Instituto Ayrton Senna, Ministério da Justiça – Programa Paz nas Escolas, Cese – Cordenadoria Ecumênica de Serviço, Petrobras, ONG Moradia e Cidadania, de funcionários da Caixa Econômica Federal, Máquina da Notícia, Unicef - Fundo das Nações Unidas para a Infância, apoio institucional.
Comunicação é o grande plano do projeto, além de textos eles também tem aulas de fotografia e diagramação. Entre os colegas há respeito e coleguismo e este ano batizaram de Desabafo o projeto, a explicação dada foi que eles se organizaram para fazerem juntos e colocar em prática idéias, textos e pensamentos.
Roseli Lotturco conta que é preciso respeitar o jeito de cada um dos alunos da ONG, não destruir sonhos e observar seus limites pessoais. Ela acredita que sem dúvida nenhuma participar de uma ONG, é a melhor saída para melhorar uma periferia, pois não a nada melhor do que os próprios moradores melhorarem o lugar onde vivem. A partir de que as pessoas se juntam formando um grupo para mudar algo é interessante. "A União faz a força" completa Roseli.
Quando a ONG foi formada, decidiram trabalhar com temas cotidianos, acontecimentos do bairro, temas críticos, por enquanto por questão de verba, tempo, estrutura, equipamentos e patrocínio a ONG papel jornal só terá no bairro do Jardim Ângela mais os planos futuros é que tenha em outros bairros também. Familiares e moradores do local no primeiro momento vêem com espanto e dó da atitude dos colaboradores da ONG, mais depois com o trabalho mostrado as pessoas acabam sendo conquistadas. A ONG é aberta para pessoas de outros lugares.
A oficina começou a ser divulgada através de cartazes e panfletos e hoje o projeto é bem maior e a Jornalista Roseli Lotturco pretende escrever um livro futuramente contando as histórias da ONG Papel Jornal.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

CAUSAS, CONSEQUÊNCIAS E POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA O DESEMPREGO.

O desemprego tem sido um dos maiores problemas sociais atualmente enfrentados pela humanidade. É certo que, nos últimos dois anos, tem havido algum arrefecimento nas taxas de desemprego no mundo todo. Mesmo assim, estas taxas ainda estão num padrão extremamente elevado. De acordo com dados recentemente publicados, o Brasil, por exemplo, tem uma taxa de desemprego em torno de 7.0 %, os EUA 4.1%, o Japão 4,7% e a zona do euro 9,1%.

O QUE É DESEMPREGO?

Parece lugar comum à confusão entre emprego e trabalho. Estes conceitos, no entanto, são bastante distintos. O trabalho é uma atividade social necessária ao progresso material e moral da humanidade. O trabalho é tão antigo quanto à humanidade. Pode-se imaginar que, a partir do momento em que o homem tenha tomado consciência de sua individualidade, tenha também tomado consciência do trabalho como atividade indispensável para sua sobrevivência e seu progresso. O trabalho é uma atividade inerente à condição humana e sempre existiu, independentemente do modo de produção vigente.
O emprego, por sua vez, é uma conseqüência específica do capitalismo. Ele é o elo de ligação formal entre o trabalhador e o modo de produção capitalista e não com uma organização especifica, porque o trabalha dor é livre para escolher a organização por inter médio da qual sua ligação se efetivará.
Desta forma, o desemprego é caracterizado como sendo a não possibilidade do trabalho assalariado nas organizações de um modo geral. De acordo com Garraty, desemprego significa "a condição da pessoa sem algum meio aceitável de ganhar a vida e os desempregados são pessoas capazes de trabalhar para satisfazer suas necessidades, mas ociosas, independentemente de sua boa vontade para trabalhar ou cio que elas possam fazer para atender as necessidades da sociedade".
A definição de desempregado, encontrada numa pesquisa mensal sobre a força de trabalho no Japão, é a "de alguém que não desenvolveu qualquer tipo de trabalho (ou o fez, mas por menos que uma hora) durante a semana de referência, que procurou ativamente por trabalho ou esperou pelo resultado da última pesquisa, mas mesmo assim, ficou disponível para o trabalho".
As causas do desemprego são muitas e, muitas vezes, o que é causa para uma determinada linha de pensamento, pode ser solução para outra. Dentre as causas mais citadas, pode-se enunciar: o desenvolvimento tecnológico, a globalização, a terceirização, a desindustrialização, o excesso de concentração da renda, os modernos métodos de gestão, de um modo geral, como ar e engenharia e o downsizing, além de outras.
As conseqüências, por sua vez, podem ser devastadoras, tanto do ponto de vista da pessoa do desempregado e de sua família quanto do ponto de vista social e político. A conta do desemprego, direta ou indiretamente, é paga por todos. É paga via aumento de impostos para cobrir despesas do tipo salário desemprego, despesas médico hospitalares, despesas com segurança e assim por diante.
Estudos comprovam que o desemprego aumenta os problemas relacionados com a saúde física e mental do trabalhador, fazendo com que se acentue a procura pelos serviços profissionais ligados a esta área. Também há comprovação de que a violência e o crime, de um modo geral, estão diretamente relacionados com o desemprego. Este pode ainda provocar radicalização política, tanto à direita quanto à esquerda, bem como ampla desorganização familiar e social. Estudos já descobriram relação entre aumento de desemprego e aumento de divórcios, apenas a título de exemplo.
Assim como não há consenso mínimo quanto às causas do desemprego, não há também nenhuma convergência em relação às soluções. Mais uma vez, o que é solução para uns, pode ser causa de desemprego para outros. Dentre as medidas de combate ao desemprego mais citadas pode-se enumerar: facilitação do consumo e do crédito, incentivo ao investimento privado, implementação de políticas fiscais e monetárias adequadas,aumento das despesa pública (com ampla utilização do Estado como empregador e como desenvolvimento de políticas sociais do tipo auxílio desemprego), flexibilização do mercado de trabalho, redução da jornada de trabalho, trabalho de tempo parcial, licenças remuneradas, restrição às horas extras,trabalho compartilhado, treinamento e requalificação de recursos humanos, além de outras possibilidades.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

“O comércio que sobrevive da fome dos alunos da Unisant’Anna”.

Aos redores do Centro Universitário Sant'Anna localizado na zona norte de São Paulo há aproximadamente 58 estabelecimentos comerciais que têm como público alvo os alunos e funcionários da faculdade. Entretanto, o comercio ambulante é o mais procurado pelos alunos, muitos informam que preferem se alimentar na rua devido a variedade e ao preço.
Segundo o pipoqueiro, Sr. Pedro (conhecido como Pedro da pipoca) , 51 anos, divorciado, pai de cinco filhos, sua única fonte de renda é o carrinho de pipoca que há 14 anos está estacionado todas as noites em frente a entrada do bloco I da Unisant'Anna. esmo tendo estudado apenas até o quarto ano do ensino fundamental, sempre conseguiu levar o sustento para o seu lar. Pedro diz que o melhor dia para se vender pipoca é na segunda-feira na hora do intervalo e que o sabor mais procurado pelos estudantes é a pipoca salgada.
Assim como Pedro, na entrada do bloco I, o ambulante Rafael, casado, 36 anos, há seis anos estaciona sua Van bem próxima do carrinho do pipoqueiro. Este vendedor de mini-pizza, fatura aproximadamente R$150,00 por dia, trabalhando todas as noites (18h -23h) de segunda a sexta-feira em frente a faculdade, porém é no final de semana que o seu lucro é maior, pois trabalha em eventos como: shows, micaretas e baladas.
Há alguns passos de Rafael, pode-se encontrar o estudante Renan de 11 anos, que vende trufas para ajudar sua mãe. Ao ser questionado, o garoto não quis dar muitas informações, disse que não sabe de nada, não sabe qual o faturamento semanal, porém a venda de trufas também é a única fonte de renda de sua família.
Entre as entradas do bloco I e C trabalha há nove anos o vendedor de churrasco Waldomiro, mineiro, 61 anos, casado, estudou apenas até o quarto ano do ensino fundamental e sustenta sua família vendendo churrasco e refrigerante de segunda a sexta, das 16h30 às 23h. Este senhor diz que praticamente todos os dias vende o mesmo tanto e que o espeto misto é sempre o mais procurado pelos estudantes, porém em época de verão vende mais refrigerante (coca-cola).
Em frente ao bloco C encontra-se um vendedor de milho que veio da Bahia com os irmãos para tentar uma vida melhor em São Paulo. Gilson Silva, 26 anos, é solteiro e estudou até a quinta série. Ele vive do milho, passa o dia vendendo milho cozido no Brás e após as 17h30 para o seu carrinho em frente a Unisant’Anna e ali permanece até o horário de saída dos estudantes. Esta é a única maneira que ele achou para ganhar dinheiro e ajudar sua família, porém informa que com o milho tem mais lucro do que qualquer trabalho que já teve na Bahia.
No entanto, o trailer dos salgados do José Nascimento (conhecido como tio bolovo) é o mais disputado na hora do intervalo, os salgados custam R$1.00, com a ajuda de sua mulher Kátia e de seu filho Cleber vendem variados tipos de salgados e sucos naturais em garrafas de 500ml, com a famosa frase “quem não pediu pida” pida” o trailer se tornou o favorito de grande parte dos alunos. Os estudantes do 4º semestre de Publicidade e Propaganda, são clientes fiéis do senhor José. Conforme o estudante Luiz Rodrigo, 21 anos, é vantajoso comer os salgados do “tio bolovo”, pois com R$3.00 consegue comer dois salgados e um suco, assim como seus amigos Willian e Jhon que diariamente gastam por volta de R$3.00 no trailer do senhor José. Já o estudante Alexandre,20 anos, informa que se alimenta com estes salgados por não ter condição de comer todos os dias na cantina da faculdade, mas que se tivesse uma renda maior comeria na lanchonete da faculdade. A estudante do 7º semestre de radio e TV Camila, 23 anos, come todos os dias na cantina da faculdade, pois acha mais higiênico e acha que gasta o mesmo valor que os que comem na rua.Sendo assim, os alunos possuem várias opções de se alimentar, com variadas opções de preço e deste modo se tornam praticamente a totalidade de clientes dos comerciantes acima citados, pois cada um vende uma coisa, mas todos informaram que se a universidade não existisse, eles não teriam lucro algum e não conseguiriam viver somente desta renda.

A ARTE DE FAZER UM JORNAL DIÁRIO.

Resenha:

Ricardo Noblat escreveu o livro “A ARTE DE FAZER UM JORNAL DIÁRIO”, pela Editora Contexto, onde imbutiu a maioria das lições que aprendeu em 35 anos de profissão, ele conta toda a trajetória do “Correio Brasiliense”, um jornal que é muito influente em Brasília.
Noblat que atualmente exerce o cargo de colunista e blogueiro do Jornal O Globo, faz uma defesa do jornalismo responsável e realmente informativo. O autor ilustra suas reflexões conceituais com histórias recolhidas ao longo de sua trajetória profissional, a paixão que descobriu pela notícia e conta como foram suas experiências de vida, ora positivas, ora negativas.
É um livro para estudantes de jornalismo que ensina que um jornalista tem que ler, pesquisar, observar, ouvir e ter dignidade, muitas vezes tem que esquecer suas opiniões pessoais, engolir certos “sapos”, ser flexível e não achar que sabe tudo, tem um manual sobre apuração, pauta e texto, cheio de detalhes e particularidades, que faz o leitor vivenciar a arte complicada, mas gratificante, que é a de fazer um jornal e ser jornalista.O livro aborda com muita simplicidade todas as técnicas de se fazer entrevistas, pautas, notícias, matérias, uma linguagem fácil e objetiva, tem texto preciso, leve e bem-humorado e é tanto para estudantes de comunicação quanto para outros leitores.

O Arrependimento secreto.

Em sua última noite na cela, Matt não escondia seu medo.Em seus olhos existia o pavor da morte, seu fim havia sido decretado para aquela noite.
Os barulhos estavam mais fortes, o som do relógio marcava seus últimos instantes.
- Tic-tac-tic-tac...
Quando Matt percebeu, faltavam apenas uma hora para sua execução, foi quando seu jantar chegou. E ele disse:
- Isso é o que? Um prêmio de consolação pela minha morte?A escolha do meu jantar....A visita da minha família,tudo isso para que? Bondade, não...Para vocês eu sou um monstro e mereço a morte! Essas "bondades" fazem parte da minha tortura!
- Irmã olha,eles estão espantados com as minhas palavras,mas só eu sei o que sinto, é uma msitura de sentimentos, onde fica difícil decifrar o que é medo de raiva. Minha morte virou um espetáculo e eu pela primeira vez farei o papel principal.
-Querem saber se estou arrependido?Não irei dizer, vou levar a verdade junto comigo!
Nesse momento seus olhos estavam vermelhos e com lágrimase eu estava lá para fazer uma matéria sobre a vida de um homem preste a morrer.
E ele continua a dizer:
-Quem foi o assassino daqueles jovens?Fui eu? Não sei...Não lembro... Mas o meu assasssino vocês sabem quem será! O governo que chama isso de justiça.
Depois desse longo momento de desabafo já faltava meia hora para seu fim, e eu que me achava preparada para assistir e trabalhar com esses tipos de matérias, não sabia o que seria certo fazer com aquele homem e se queria estar ali.Não ouvi mais nenhuma palavra de Mathew, a última cena que me lembro é de seu olhar para o relógio, que a meia noite parou de marcar seus últimos instantes.

O preço do arrependimento.

Matt começa a descobrir o preço que custou sua prova de coragem.
Ao olhar para o relógio se deu conta que seu fim não demoraria a chegar. Matt se lembrava das cenas do crime, como flashes, relances de um crime cruel com dois adolescentes que teve coragem de estuprar e matar:um garoto de 16 anos e uma menina de 15 anos apenas.
Após tantas lembranças de dor, a humilhação de aguardar a morte usando fraldas Matt não conseguia esquecer da sua última visita na prisão, dos últimos olhares e palavras da sua mãe:
- "Meu filho te amo,sofro com o seu fim. Não posso abraçá-lo, mas se pudesse não soltaria jamais!".
Matt ficou tão surpreso com aquele ato que nem conseguiu respoder à sua mãe, e perdeu a oportunidade de pedir perdão para ela e dizer que também a amava.
Irmã Helena chama-o para o jantar e nesse momento Matt assume seu crime:
-Fui eu,o monstro que fez aquilo com aquelas crianças, fui eu... matei e estuprei sem pensar em conseqüências e coloquei o fim naquelas vidas e na minha própria.Irmã ore por mim, peça a Deus que me perdoe.
A Irmã não escondeu sua surpresa, mas atendeu seu pedido. Durante sua execução orou pedindo a Deus o perdão e força para suportar seu fim.Após a confissão Matt se sentiu mais leve pela primeira vez desde que foi preso, estava tranqüilo na mesa porque lembrava da irmã o chamando de filho de Deus e não teve medo quando o torpo da injeção invadiu sua corrente sanguínea e fez seus olhos piscarem pela última vez.

Crônica.

Resumo da crônica de Arnaldo Jabor:

As pessoas querem ser livres, ser de todo mundo e reclamam que não tem ninguém, não dá só para ter a parte boa, o preço desse descompromisso é a solidão, não saber se está ou não namorando. A verdadeira liberdade não é ser de todo mundo e de ninguém, mas sim se permitir viver um sentimento.

Paráfrase: Hilda Furação – Roberto Drummond.

Mulheres de família da cidade de Belo Horizonte sentiam ódio de Hilda Furacão, porém os homens a amavam por fazê-los viver momentos de loucura e prazer através do sexo, seus programas ficavam cada vez mais caros por servir a coronéis, sendo assim, para homens comuns o acesso ficava mais difícil.
A beira da piscina olímpica do Minas Tênis Clube, era um dos lugares que Hilda exibia sua inesquecível beleza, onde o escritor Fernando Sabino foi campeão de natação e onde mergulhou o famoso cirurgião plástico Ivo Pitanguy. Tamanha era a beleza e sensualidade da moça, que acabou servindo de inspiração a escritores como Paulo Mendes Campos a escrever o conto Otto Lara Resende.