quinta-feira, 2 de abril de 2009

CAUSAS, CONSEQUÊNCIAS E POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA O DESEMPREGO.

O desemprego tem sido um dos maiores problemas sociais atualmente enfrentados pela humanidade. É certo que, nos últimos dois anos, tem havido algum arrefecimento nas taxas de desemprego no mundo todo. Mesmo assim, estas taxas ainda estão num padrão extremamente elevado. De acordo com dados recentemente publicados, o Brasil, por exemplo, tem uma taxa de desemprego em torno de 7.0 %, os EUA 4.1%, o Japão 4,7% e a zona do euro 9,1%.

O QUE É DESEMPREGO?

Parece lugar comum à confusão entre emprego e trabalho. Estes conceitos, no entanto, são bastante distintos. O trabalho é uma atividade social necessária ao progresso material e moral da humanidade. O trabalho é tão antigo quanto à humanidade. Pode-se imaginar que, a partir do momento em que o homem tenha tomado consciência de sua individualidade, tenha também tomado consciência do trabalho como atividade indispensável para sua sobrevivência e seu progresso. O trabalho é uma atividade inerente à condição humana e sempre existiu, independentemente do modo de produção vigente.
O emprego, por sua vez, é uma conseqüência específica do capitalismo. Ele é o elo de ligação formal entre o trabalhador e o modo de produção capitalista e não com uma organização especifica, porque o trabalha dor é livre para escolher a organização por inter médio da qual sua ligação se efetivará.
Desta forma, o desemprego é caracterizado como sendo a não possibilidade do trabalho assalariado nas organizações de um modo geral. De acordo com Garraty, desemprego significa "a condição da pessoa sem algum meio aceitável de ganhar a vida e os desempregados são pessoas capazes de trabalhar para satisfazer suas necessidades, mas ociosas, independentemente de sua boa vontade para trabalhar ou cio que elas possam fazer para atender as necessidades da sociedade".
A definição de desempregado, encontrada numa pesquisa mensal sobre a força de trabalho no Japão, é a "de alguém que não desenvolveu qualquer tipo de trabalho (ou o fez, mas por menos que uma hora) durante a semana de referência, que procurou ativamente por trabalho ou esperou pelo resultado da última pesquisa, mas mesmo assim, ficou disponível para o trabalho".
As causas do desemprego são muitas e, muitas vezes, o que é causa para uma determinada linha de pensamento, pode ser solução para outra. Dentre as causas mais citadas, pode-se enunciar: o desenvolvimento tecnológico, a globalização, a terceirização, a desindustrialização, o excesso de concentração da renda, os modernos métodos de gestão, de um modo geral, como ar e engenharia e o downsizing, além de outras.
As conseqüências, por sua vez, podem ser devastadoras, tanto do ponto de vista da pessoa do desempregado e de sua família quanto do ponto de vista social e político. A conta do desemprego, direta ou indiretamente, é paga por todos. É paga via aumento de impostos para cobrir despesas do tipo salário desemprego, despesas médico hospitalares, despesas com segurança e assim por diante.
Estudos comprovam que o desemprego aumenta os problemas relacionados com a saúde física e mental do trabalhador, fazendo com que se acentue a procura pelos serviços profissionais ligados a esta área. Também há comprovação de que a violência e o crime, de um modo geral, estão diretamente relacionados com o desemprego. Este pode ainda provocar radicalização política, tanto à direita quanto à esquerda, bem como ampla desorganização familiar e social. Estudos já descobriram relação entre aumento de desemprego e aumento de divórcios, apenas a título de exemplo.
Assim como não há consenso mínimo quanto às causas do desemprego, não há também nenhuma convergência em relação às soluções. Mais uma vez, o que é solução para uns, pode ser causa de desemprego para outros. Dentre as medidas de combate ao desemprego mais citadas pode-se enumerar: facilitação do consumo e do crédito, incentivo ao investimento privado, implementação de políticas fiscais e monetárias adequadas,aumento das despesa pública (com ampla utilização do Estado como empregador e como desenvolvimento de políticas sociais do tipo auxílio desemprego), flexibilização do mercado de trabalho, redução da jornada de trabalho, trabalho de tempo parcial, licenças remuneradas, restrição às horas extras,trabalho compartilhado, treinamento e requalificação de recursos humanos, além de outras possibilidades.

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